É na Baixa Pombalina de Lisboa que se situa a Rua Augusta entre as maiores praças da nossa capital a Praça do Comércio e a Praça do Rossio.
É uma zona de excelência de lojas de moda, bancos e de esplanadas entre outros, ao longo da sua formosa caminhada entre as referidas praças. Sem trânsito e com bonitos desenhos de arabescos em basalto negro e branco é um convite ameno na cidade.
Percorrendo-a divisamos um Arco que é o mais masjestoso de toda esta Rua. No topo do mesmo um relógio vetusto e que nos alegra ao passar com a sua espontaneidade. Daqui avistamos o fim da Praça do Comércio que é a zona política de muitos Ministérios, o Rio Tejo com seu largo caudal.
Nestas duas Praças muitos episódios políticos de grande monta se passaram ao longo dos séculos.
Alguns deles viraram por completo a História do nosso País como no caso da Praça do Comércio o acabar do jugo espanhol com o atirar pela janela de um dos tiranos ocupacionistas. O assassinato do Rei D.Carlos e herdeiro e fim da Monarquia e instauração da Républica. Mais tarde o fim do fascismo como ponto de reunão do Movimento das Forças Armadas restituindo ao País sua liberdade novamente no progresso político.
Em contraste a Inquisição aqui fez autos de fé que são condenações à morte por fogueira a pessoa livre o mais, em ambas as Praças.
Protestos, artistas de rua e manifestações culturais aqui se ouvem.
Na Praça do Rossio encontra-se a Estátua do Rei Dom Pedro IV de Portugal no topo de uma coluna que foi o primeiro soberano no Brasil e que por este se tornou Independente e também Imperador no mesmo.
No Terreiro do Paço designação por que se conheceu e ainda a dita Praça do Comércio e também ao centro da mesma a estátua equestre do Rei Dom José I e aonde foi residência Real por cerca de quatrocentos anos e o maior largo da nossa capital.
Aqui se fazem muitas exposições ao ar livre, protestos e no Natal por vezes aí uma árvore gigante de dois milhões de luzes e estrutura metálica toda enfeitada. A maior da Europa.
O Arco do Triunfo da Rua Augusta foi eregido em memória da reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755. Por duas vezes sendo a primeira demolida e da autoria de Veríssimo Costa o actual e inaugurado em 1873.
No topo da mesma temos de Anatole Calmels as esculturas de Glória coroando o Génio e o Valor.
Mais abaixo e no plano intermédio e ladeando o mesmo temos do escultor Vitor Bastos as figuras de Viriato, Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama e Marquês de Pombal figuras ao longo do nosso Património e algumas discussões houve na época acerca de quem nos representaria. Ladeando estas as figuras vetustas dos rios Tejo e Douro.
A Rua Augusta assenta por sobre colunas de madeira que estão dentro de água e são o sustentáculo desta zona da Baixa.
Sob a mesma se encontram vestígios do passado bem patenteadas num dos Museus mostrando as diferentes vidas e ocupações a que Lisboa foi dando origem desde 700 anos a. C.
Existem também galerias romanas ou criptopórticos que são estruturas de galerias enormes que permitem em terrenos irregulares a construção de grandes edifícios em tempos recuados e que no fundo acabaram de servir de base também à estrutura da baixa pombalina e ainda anteriores a Cristo.
A rua foi eregida em 1940 por ocasião da Exposição Internacional que se realizava em Lisboa.
É de construção anti-símica e medidas antí-fogo e com materiais pré-construidos em granito e por isso de igual similaride o seu casario o que na realidade é um caso bem desenvolvido para a época e com aproveitamento desigual da fachada para as ruas laterais e igual entre si.
Duas inscrições de salientar na Rua. A primeira em latim no topo do Arco e que simboliza o fervor das descobertas e do Mundo exterior. "Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas." A segunda encontra-se numa lápide negra e diz: "Onde os homens estão condenados a viver na miséria, aí os direitos Humanos são violados. Unir-se para os fazer respeitar é um dever sagrado."
É uma cópia da que se encontra cerca da torre Eiffel em Paris honrando a Declaração Universal dos Direitos Humanos ali assinada em 1948 e em honra das vítimas da pobreza.
De um lado o relógio do outro o escudo Real e entre eles e no interior do Arco na abóbada uma roseta encimam com este o início da Rua Augusta no fundo do vale bonito da cidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário